sábado, 2 de fevereiro de 2013

“ENSINA A CRIANÇA O CAMINHO QUE DEVE ANDAR E AINDA QUANDO FOR VELHO, NÃO SE DESVIARÁ DELE.” Prov. 22:6

MAS COM ESSE EXEMPLO?

Hoje, como faço todos os dias de segunda à sábado, fui caminhar em meu parque preferido.
E hoje, quase foi minha vez... minha vez de ser atropelado por uma das bicicletas que fazem uso da mesma pista, apesar da proibição.
Foi aí que observei com maior atenção a placa indicativa que esclarece qual a finalidade da pista em torno daquele belo lago.

Será que vai ser preciso uma criança, um idoso ou qualquer outra pessoa ser ferida gravemente para se tomar uma atitude ou para se buscar culpados, como temos visto em vários exemplos do dia-a-dia?
Desculpas e explicações certamente cada um terá as suas, seja ciclistas ou prefeitura, mas e a responsabilidade diante dos fatos?
Fica evidenciado que não fomos ensinados como deveríamos, mas, mudar isso depende de nós pais, avós e tios das novas gerações.

Se continuarmos levando nossas crianças ao parque e ignorando as placas ali existentes, como esperar que elas respeitem a placa de 60Km/h ao estarem “habilitadas”?
Reclamamos dos radares na frente de nossas crianças, mas nos esquecemos de lhes dizer que os radares só afetam aqueles que desrespeitam os limites regulamentados por lei, e assim indiretamente nos incluímos nesta lista.
“Ensina a criança o caminho que deve andar”, isto significa ensina-la a caminhar sobre os nossos passos.

Fica então a pergunta:
Meus passos têm ensinado meu filho, neto ou sobrinho a caminhar de tal forma que suas atitudes farão a diferença na sociedade do amanhã?
Que tal começar ensinando-as o significado da palavra “PISTA EXCLUSIVA” encontrada na referida placa de sinalização?

PISTA EXCLUSIVA = restrita; individual.

Ou seja, no caso específico, a pista é de um “DIREITO EXCLUSIVO” para pedestres.
“Não dá nada!” Frase muito usada por crianças e jovens cujos limites não lhes foram devidamente ensinados, e que possui a falsa ideia de que “tudo pode ser feito, pois não há quem nos impeça”.
Para eles, esta frase não está ligada ao fato de que possa ocorrer um acidente, mas ao fato de que não serão “punidos”, afinal, seus pais estão ao lado para “protegê-los”.
Estamos observando a construção de uma geração futura cuja consciência de cidadania se torna cada vez mais relativa, em vez de objetiva. 
Sendo assim, o comportamento social se torna mais depende das suas próprias necessidades pessoais do que do direito coletivo firmado através das normas e leis que visam o bem comum.

Será que estamos realmente preparando nossas crianças para o mundo?
Ou estamos esperando que o mundo se prepare para nossas crianças?

Marcos Miranda

Um comentário:

  1. Olha o Senhor Marcos voltou a ATIVA.
    Excelente texto, depois que pude por mim mesmo experimentar estes fatos no parque do Bacacheri.
    Vou publicar esse texto nos e-mail e o blog também, abraço!!

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